Conheça mais sobre a candidíase vaginal
Saiba mais sobre esta infecção e o que fazer para evitá-la
A candidíase vulvovaginal é uma infecção do trato reprodutivo (ITR) conhecida por infecções endógenas4 (devido a um micro-organismo já existente no organismo), provocada por fungos, na maior parte das vezes a Cândida albicans, e tem como sintomas a coceira intensa na vulva e na vagina, além de ardência e inchaço na região. Em alguns casos, pode ter corrimento esbranquiçado, sem cheiro, além de dor ao urinar ou ardência no ato sexual¹,².
Este tipo de fungo vive no sistema gastrointestinal e geralmente manifesta-se quando a mulher está com o sistema imunológico baixo. Como a cândida acaba se alojando na região genital, naturalmente protegida por bactérias e pelo seu pH, com a baixa proteção natural do corpo, o ambiente quente e úmido se torna propício para que eles se multipliquem de forma descontrolada, já que não encontrará barreiras para combatê-lo¹.
Pessoas com diabetes, obesas, mulheres na menopausa, portadores de HIV, além de pacientes que fazem uso contínuo de corticoides, usaram recentemente antibióticos ou uso de contraceptivos orais, ou mesmo que utilizam imunossupressores ou quimio/radioterapia, tem predisposição a desenvolver a candidíase. A gravidez também é um fator de favorecimento para a infecção²,⁴. Conheça os outros tipos neste artigo sobre Dicionário da saúde: candidíase.
Prevenção
Existem algumas formas para prevenir a candidíase vulvovaginal, principalmente para evitar a infecção recorrente, como:
Mantenha hábitos saudáveis, para fortalecer o sistema imunológico, com uma alimentação balanceada³;
Tenha boas noites de sono³;
Evite roupas apertadas e tecidos sintéticos³;
Procure não ficar com roupas molhadas por longos períodos³;
Mantenha bons hábitos de higiene local, usando produtos adequados e que respeitem o pH da região³;
Evite o uso de substancias que podem irritar ou provocar alergia na região íntima, como talco, perfumes, sabonetes ou desodorantes íntimos⁴;
Embora a candidíase vaginal não seja considerada uma Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), sempre use preservativo nas relações sexuais⁴.
Diagnóstico e tratamento
O médico ginecologista diagnostica a infecção com exame clínico – poucas são as vezes em que é necessário um exame laboratorial. O tratamento baseia-se em antifúngicos (administrados por via oral ou vaginal, com cremes ou comprimidos vaginais), e medicamentos para melhorar os sintomas, como banhos de assento, corticoides, entre outros. Nunca tome medicamento sem a indicação do profissional de saúde. As gestantes e lactantes devem ter atenção especial dos médicos, preferencialmente utilizando-se apenas de medicamentos à base de cremes⁴.
Importante: Caso a mulher apresente casos recorrentes de candidíase vaginal, ou seu controle seja difícil, o médico poderá investigar possíveis causas como diabetes, imunodepressão, inclusive a infecção pelo HIV e uso de corticoides⁴.
Fontes: 1- Candidíase Vaginal: cuidados diários podem evitar evolução da doença – Ministério da Saúde Brasil. Último acesso em 30 de novembro de 2020. 2- Sobre o diagnóstico da candidíase vaginal – Scielo/Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Último acesso em 09 de dezembro de 2020. 3- Manual de Orientação Trato Genital Inferior – Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Último acesso em 27 de abril de 2021. 4- Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para atenção integral às pessoas com infecções sexualmente transmissíveis – Ministério da Saúde Brasil. Último acesso em 27 de abril de 2021.