Dia Mundial de Combate à Aids
01/12 é o Dia Mundial da Luta contra a Aids.
O Dia Mundial da Luta contra a Aids, que acontece no dia 1 de dezembro, idealizado para promover discussões sobre o tema e chamar a atenção da população sobre prevenção e passar adiante as informações necessárias. No Brasil, a data começou a ser comemorada no final dos anos 1980, envolvendo os governos federal, estaduais, distrital e municipais e organizações sociais e, durante todo o mês, são realizadas campanhas para prevenção ao HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis¹,².
Este ano, a campanha do Dia Mundial tem como público primordial os jovens de 15 a 24 anos. Essa escolha foi feita ao se levarem em consideração dados comportamentais como o maior número de parceiros casuais dos jovens em relação aos não jovens e o elevado índice de jovens (40%) que declaram não usar preservativo em todas as relações sexuais.
Os objetivos da campanha são a desconstrução do preconceito sobre as pessoas vivendo com HIV/aids e a conscientização dos jovens sobre comportamentos seguros de prevenção. Para isso, o tema da campanha será: “O preconceito como aspecto de vulnerabilidade ao HIV/aids”. Confira notícias e eventos sobre o Dia Mundial de Luta Contra a Aids 2010, o vídeo da campanha e o making of das fotos da exposição "Somos iguais. Preconceito não".
Diferença do HIV e da Aids?
O HIV é a sigla em inglês para o Vírus da Imunodeficiência Humana, enquanto a Aids é o nome que se dá a doença provocada por ele. Entretanto, nem todo paciente soropositivo para HIV desenvolve a Aids. Para ser considerado com a doença, o diagnóstico é feito quando existe a baixa quantidade de células de defesa presentes no sangue e/ou manifestações clínicas, como o surgimento de algumas doenças que são típicas de quem tem o vírus numa fase mais avançada de imunossupressão³.
O HIV é um retrovírus que ataca o sistema imunológico, responsável pela defesa do organismo, principalmente as células linfócitos T CD4+. Esse vírus faz com que o DNA da célula seja alterado, produzindo cópias de si mesmo. Assim, o sistema de defesa fica vulnerável, perdendo sua capacidade de reagir aos ataques de outros tipos de microorganismos, fazendo com que a pessoa fique doente com mais facilidade.
Transmissão
A Aids³ é uma Infecção Sexualmente Transmissível e tanto os pacientes soropositivos, que desenvolvem ou não a Aids, podem transmiti-lo por meio de relações sexuais sem o uso de camisinha. Outras formas de contaminação acontecem ao compartilhar seringas contaminadas, pela transfusão de sangue contaminada, ou de mãe para filho, tanto na gravidez, quanto na amamentação. É importante ressaltar que existem tratamentos que impedem a contaminação durante a gestação, e por isso, o acompanhamento médico durante todo o pré-natal é imprescindível.
A janela imunológica, ou seja, o período entre a contaminação do paciente até a detecção de anticorpos no sangue, demora cerca de 30 dias. Por isso, se a pessoa tiver suspeita de contágio e o primeiro exame anti-HIV acusar “Não reagente” é recomendado que ela repita após esse período para o correto diagnóstico do caso e o início do tratamento.
Já em relação ao período de incubação, ou seja, tempo que passa entre a contaminação pelo vírus e o aparecimento de sintomas, como as doenças clássicas causadas pela presença do vírus do HIV é bastante grande e pode variar por anos, o ideal é fazer o diagnóstico por meio de sorologia, antes mesmo que essas doenças se manifestem.
Tratamento
O tratamento é feito com o uso de medicamentos antirretrovirais (ARV), que impedem que o vírus se multiplique no organismo, evitando que o sistema imunológico fique enfraquecido. Esses medicamentos ajudam o paciente a aumentar tanto a expectativa, quanto a sua qualidade de vida, além de reduzir os casos de internações e outras infecções³.
Profilaxia:
Existem ainda duas indicações para o uso das medicações a fim de diminuir a probabilidade de contágio:
Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP) – método de emergência. O coquetel de medicamentos antirretrovirais deve ser administrado o mais rápido possível (primeiras 2 horas até 72 horas da exposição), após qualquer situação com risco de contágio como violência sexual, acidente ocupacional com instrumentos cortantes ou contato direto com material biológico e relação sexual desprotegida. A duração do tratamento é de 28 dias, com acompanhamento médico. A PEP serve também para outros tipos de IST, como as hepatites virais³.
Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) – É um método de prevenção à infecção e consiste na pessoa ter que tomar diariamente um comprimido que impede a contaminação, antes mesmo do contato com o vírus. Ele age bloqueando o caminho que ele usaria para infectar o organismo. Este método não previne contra outras infecções sexualmente transmissíveis4.
Desmistificando e recomendações
Já explicamos quais são os caminhos para a contaminação e transmissão do vírus HIV. Dessa forma, é sempre importante ressaltar as formas em que não ocorre a transmissão do vírus, mas que ainda são tabus na sociedade:
* Relação sexual com o uso correto da camisinha, tanto feminina, quanto a masculina, ou a masturbação a dois;
* Beijo no rosto ou na boca, bem como aperto de mão ou abraço, e o contato com o suor ou lágrima;
* Uso compartilhado de sabonete, toalha, lençóis, talheres e copos;
* Assento de ônibus, piscina ou banheiro;
* Doação de sangue.
Fontes: 1- 1º de dezembro - Dia Mundial de Luta Contra a Aids – PAHO. Último acesso em 26 de novembro de 2020. 2 - Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis – Ministério da Saúde Brasil. Último acesso em 26 de novembro de 2020. 3- Aids / HIV: o que é, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção – Ministério da Saúde Brasil. Último acesso em 27 de novembro de 2020. 4- Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) - Ministério da Saúde Brasil. Último acesso em 27 de novembro de 2020.