Mais de meio bilhão de adultos convive com diabetes
14 de novembro – Data chama atenção para doença que atinge 10,5% da população mundial
14 de novembro é o Dia Mundial do Diabetes. Segundo dados divulgados pela décima edição do Atlas de Diabetes da IDF (International Diabetes Federation), um em cada dez adultos convivem com a doença no mundo, ou seja, mais de meio bilhão de pessoas. Ainda de acordo com a entidade, estima-se que esse número passe para 643 milhões até 2030 e para 783 milhões até 2045. Outro dado que chama atenção é o fato de 240 milhões de pessoas viverem com o diabetes sem saber de sua existência. (1)
O diabetes é um distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente da deficiência na produção de insulina pelo nosso organismo ou por quando nosso corpo não consegue empregar corretamente a insulina que produz. Quando constantes, os altos níveis de açúcar no sangue podem contribuir para complicações em nossa saúde como aumento de morbidade, redução da qualidade de vida e elevação da taxa de mortalidade. (2)
Há dois principais tipos de diabetes, o tipo 1 e tipo 2. O diabetes tipo 1 é a principal forma da doença na infância, mas pode ocorrer em qualquer idade. Já o diabetes tipo 2 é responsável por mais de 90% dos casos no mundo todo. Apesar de serem os dois mais comuns, também existem os quadros de diabetes gestacional e de pré-diabetes. Confira abaixo as características de cada um deles. (1)
Diabetes tipo 1
Atinge entre 5% e 10% do total de casos da doença. Geralmente, aparece na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticada em adultos também. Ela acontece quando o sistema imunológico ataca equivocadamente as células beta, resultando em pouca ou nenhuma insulina liberada para o corpo. Quem convive com esse tipo da doença precisa de insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas para ajudar a controlar o nível de glicose em seu sangue. (3)
Diabetes tipo 2
É o tipo mais comum da doença, sendo responsável por cerca de 90% dos diagnósticos no mundo. Ela aparece quando o nosso organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia. Frequentemente, manifesta-se em adultos, mas também pode ser detectado em crianças. O tratamento vai depender de sua gravidade, podendo ser controlado com atividade física, reeducação alimentar e, em alguns casos, pode ser necessária a utilização de insulina e/ou outros medicamentos. (3)
Diabetes Gestacional
Durante a gravidez, o organismo da mulher passa por muitas mudanças. Um exemplo é a placenta, que se torna uma fonte importante de hormônios que reduzem a ação da insulina. Com isso, o pâncreas precisa aumentar a produção de insulina para compensar este quadro. Porém, em alguns casos isso não acontece, resultado em diabetes gestacional. Gestantes com este problema apresentam maior risco de complicações, parto prematuro e de o bebê apresentar um crescimento excessivo – o que aumenta as chances de hipoglicemia neonatal e obesidade e diabetes na vida adulta. (1,3)
Pré-diabetes
Termo usado quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas não o suficiente para um diagnóstico de diabetes Tipo 2. Obesos, hipertensos e pessoas com alterações nos lipídios estão no grupo de alto risco. Os pré-diabeticos têm um risco maior de desenvolver a doença. Porém, vale ressaltar que se trata da única etapa do problema que ainda pode ser revertida ou que permite retardar a evolução para o diabetes e suas complicações. (1,3)
Diagnóstico e tratamento (3)
Um simples exame de sangue é capaz de mostrar se você tem alguma alteração na taxa de glicemia. Confirmada uma alteração considerável, outros exames serão realizados para comprovar o diagnóstico. Para o tratamento alcançar o sucesso desejado, é preciso seguir as orientações para que a medição seja feita nos horários corretos, nas situações corretas e com a frequência ideal. Para ajudar a manter os níveis de açúcar controlados, alimentação saudável e a prática de atividades físicas também são essenciais.
Pensando em sua saúde, separamos um questionário para você verificar se está sujeito a um risco aumentado de desenvolver o diabetes tipo 2. Lembre-se que, independente do resultado, apenas o seu médico será capaz de dizer se você está dentro do grupo de risco para o Tipo 2 ou para pré-diabetes.
Fontes: 1.IDF Diabetes Atlas 2021 – International Diabetes Federation (IDF) – Último acesso em 03/11/2022; 2. file:///C:/Users/Admin-PC/Downloads/Diretrizes-Sociedade-Brasileira-de-Diabetes-2019-2020.pdf; 3. Diabetes – Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) – Último acesso e 03/11/2022.; 4. https://informe.ensp.fiocruz.br/noticias/52441